domingo, novembro 05, 2006

PERGUNTAS INTELIGENTES: O QUE É ISTO:

Beatriz C. Magdalena
Iris E. T. Costa

No ano de 1996 eu ingressei num curso de pós graduação latu sensu "especializaação em alfabetização" e me lembro que das 10 ou 11 disciplinas que tinhamos no currículo do curso, 5 delas foram ministradas pela professora Ligia Klein. Na época esta professora assessorava a SME-Fpolis e por consequência todos os professores da rede tiveram acesso à sua "metodologia", a qual chamavamos de "perspectiva histórica". Então, lendo as considerações que aluna Deisi postou em seu Blog, fiz uma ponte entre o texto, a perpectiva histórica e as questões levantadas por Deisi. Vou tomar a liberdade de fazer uma citação da referida aluna:

"Lendo o texto voltei ao tempo de estudante de Pedagogia. Lá, entre 1990 e 1993, Piaget dava a tônica do curso. Era o “teórico da moda”. Isso mesmo! Tínhamos um acesso superficial à sua teoria e saíamos da faculdade achando que conhecíamos profundamente sua obra. Mesmo nessas condições, eu gostava dele. Quando passei no concurso e oficialmente assumi o papel de professora, entrei numa rede municipal de ensino em ebulição, onde a tônica era dada por Vigotsky."

De fato não existem verdades absolutas, elas são relativas e vigoram ou são validadas para um determinado momento histórico. Esta constatação me faz lembrar que naquela época (1996) a perspectiva histórica norteava a proposta educativa da Rede, esta perspectiva estava também atrelada ao Vigotsky e se embasava no social, onde tudo girava em torno deste, nada fora desse bojo prevalecia. Mas também me lembro quando a professora Ligia nos alertava que "não podemos jogar a água do banho e o bebê tudo fora" acho que era assim. Penso que Piaget deu sua parcela de contribuição, assim como Vigotsky e outros pensadores. Cada um numa linha de pensamento, mas todos com o mesmo objetivo: contribuir no entendimento do fenômeno chamado "educação". Também não penso que devemos fazer uma "mixed" de propostas/metodologias/linhas sem conhecê-las a fundo.
De qualquer forma, seja qual for a proposta metodológica que sigamos, a mudança de uma para outra requer sempre uma retomada de reflexões, pois as mudanças são complexas na sua prática e requerem transformações de cunho pedagógico, metodológico e também ideológico. Como salienta a autora estas trnaformações não são fáceis, nem rápidas, pois afinal "estamos nos propondo a mudar a base teórica que nos susnteta" enquanto educadores.
Atualmente, temos outro profissional assesssorando a Rede, com propostas diferentes e assim caminhamos no longo processo de tentar entender a educação, a escola, os alunos, a construção do saber...